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Que a nossa sociedade supervaloriza o "ter" em detrimento ao "ser" não é novidade. Anúncios de artigos de luxo transmitem a ideia de exclusividade e diferenciação. Quem compra determinada marca de roupa ou tem determinado carro automaticamente passa a pertencer a uma seleta "casta". Essa visão distorcida está impregnada no cotidiano ao ponto que a ostentação é evidente em toda a cultura popular contemporânea.
Entender que a supervalorização da posse de bens é uma superficialidade não requer muita perspicácia. Porém, enxergar que o próprio corpo está na esfera do "ter" e não do "ser" requer um nível de lucidez mais elevado. O "ter" é de natureza efêmera e pode ser dividido. O "ser" é o nível mais profundo do individuo é a sua essência, indivisível, intrínseco a sua existência.
O tolo certamente discordará e dirá que ele e seu corpo são um só e, portanto, o corpo físico é o seu "ser". Se tal afirmação fosse uma realidade quando uma pessoa perde um membro de seu corpo automaticamente perderia um pedaço do seu "ser". Mas, obviamente isso não acontece, pois um aleijado não é menos "ser" do que era outrora.
Quando supervalorizamos nosso corpo basicamente estamos dizendo: "Hey quem eu sou não importa, o que realmente tem valor é esse pedaço de carne aqui". Tal visão distorcida acerca do corpo atraí pessoas com percepção similar, o que é natural visto que imaturos atraem imaturos.
Uma percepção equilibrada é característica de pessoas maduras e atitudes de supervalorização do corpo são incompatíveis com tais pessoas. Você consegue imaginar o sábio Jesus postando um story com a legenda: "Saca só os bíceps do monstro", ou Mahatma Gandhi gravando um reels dizendo: "Esse corpinho aqui não é para qualquer um", ou ainda Madre Tereza de Calcutá transmitindo uma live com o tema: "Está cansada de ser feia? Aprenda a ser gostosa com a Madre Tereza". Obviamente que os cenários acima são inconcebíveis para pessoas maduras, para pessoas maduras!
⏳ O corpo assim como tudo que está na esfera do "ter" tem natureza passageira;
🤮 Quem supervaloriza o corpo possuí uma mentalidade débil e atrairá pessoas com mentalidades similares;
🏡Você "tem" esse corpo você não "é" ele;
🤔 Quando não sei quem "sou", dou foco no que "tenho".
Vamos Exercitar:
- Tire alguns minutos do seu dia para fazer uma auto análise;
- Reflita sobre o valor que você dá a seu corpo;
- Pergunte-se: "Eu estou supervalorizando meu corpo? Eu não conheço o meu "ser" e, por isso, me reduzo a um pedaço de carne?
- Faça uma lista de mudanças necessárias para desenvolver e manter uma visão equilibrada do corpo.
Fique em paz e manifeste sua luz.
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